Page 60 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Conta o historiador Carlos Pedroso, em suas brilhantes pesquisas, como fora o diálogo entre os dois
            compositores. Barão, que trazia tal apelido, por se trajar com elegância, comunicara ao maestro Rigoletto, de
            sua intenção de colocar letra à sua música, no que Rigoletto duvidava, pois sabia-o pouco letrado. A teimosia
            do autodidata, mas de leitor assíduo, o fazia confiante na sua contenda. E o Hino que Rigoletto queria como
            de Uberaba, se tornaria a Marcha (sim: MARCHA do Uberaba Sport).

                  O historiador leva para a sala universitária, análise primorosa da letra de Barão. Em crítica social literária,
            onde impera a literatura clássica: Fulgente história” é o que distribui luz acreditando que futebol não traz foco
            de luz. Palavras como – astro-rei, a potestade, mor (maior), lutar com afeição (caberia energia e não afeição)
            fervor (luta), ardil na acepção de- ação de iludir; nobre e liberal, mais aplicável em política; o torcedor não grita
            em campo: Alegua, gua, gua, Urrah! Mas, vai, vai, vai... Acredita-se que o autor procurou palavras visando as
            rimas, como: história e glória; campeão e coração; liberal e rival; mil e Brasil como bom pesquisador de livro
            de rimas.

                  Tem seu grande mérito, embora, como relata Pedroso, o Hino dificilmente é cantado em campo, mas
            sempre executado musicalmente.




                  OUTROS HINOS ESPORTIVOS
                  Dos meus alfarrábios, ao acaso... encontrei apontamentos da Biblioteca Bernardo Guimarães, onde o
            saudoso primo Dorival Cicci, filho do mais velho irmão de minha mãe Donato Cicci, nascido na Itália e vindo
            com os pais Salvador Cicci e Carmela Carrara Cicci para Uberaba, com mais duas irmãs: Margarida e Mada-
            lena, fez projeto bonito com histórico das ruas de Uberaba.
                  Anexo esse preâmbulo, onde deparo um aficionado amante do Uberaba Sport Club que deu nome de
            rua a Eulâmpio Rodrigues Dias e que por onze anos prestou serviço ao Cartório Eleitoral de Uberaba na 26
                                                                                                                     a
            zona eleitoral local, que recebeu palavras elogiosas do desembargador e presidente do Tribunal de Justiça
            -Dr. Rui Goutier de Vilhena:

                                             Jamais conhecera pessoa tão honesta, digna e dedicada ao trabalho e sua família.
                                        Durante os 34 anos morando em Uberaba, teve um “ vício ”- a paixão desenfreada pelo
                                        Uberaba Sport Club. Não perdia nem os treinamentos dos jogadores e era sempre
                                        o primeiro a chegar nos dias de jogos. Pedira, que ao morrer, a bandeira do clube
                                        repousasse sobre o caixão.

                  Uberabense tinha e tem pelo Clube ferrenha admiração, até que outros clubes surgissem.... Mas fale-
            mos dos hinos, símbolo desses clubes.
                  Eis a letra do Independente Atlético Clube do Maestro João Vilaça Junior com letra de Sebastião Braz:


                                             “Honra, as nossas cores/Padrão de fibra, que nos conduz/Glória e mil louvores/
                                        Ao nosso emblema, bênção de luz! /Salve Independente/Para viver eternamente/Nos
                                        corações/Das grandes multidões/Do afeto imenso, imortal/de um ideal!”

                  O do Esporte Clube Fabrício: letra de Lucio Mendonça e música João Vilaça Junior:


                                             “Entre festas, entre glórias/Sob as bênçãos das vitórias/Surge o Fabrício altivo,
                                        leal e forte/Nas grandes lutas do nobre esporte/A pelejar, vencer! /Clube de feitos
                                        brilhantes/Estatuários de gigantes/Que retempera a fibra da mocidade/Nesta jornada
                                        de iluminuras e claridade; É o Fabrício, a juventude/Na eternidade de uma amplitude/
                                        De ideal e de esplendor/Mostrando as forças do seu valor. ”

                  Rivais eram o Independente e o Nacional. Situados em pontos estratégicos da cidade, em bairros me-
            moráveis, o primeiro no bairro Estados Unidos e o Nacional, no bairro de São Benedito, onde a família síria
            residente em Uberaba é torcedora ferrenha, o hino fora feito por Pascoal Totti com letra de Lourival do Car-
            mo, o mesmo Barão que compusera a letra do Hino do Uberaba Sport.



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