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vida, nunca provou nada melhor do Seus amores
que aqueles feitos por ela:
Nunca em minha vida comi
melhores. Lembro-me do grande
guarda-louça onde mamãe guardava
suas compoteiras: Doces em calda,
de cidra, de moranga, de laranja-
da-terra, de figo, de pêssego, de
marmelo, de pau de mamoeiro, de
goiaba, de lima-de-bico, de lima, de
ovos, de caju e muitos outros. Esses
deviam ser consumidos logo. Mas
havia outros que eram guardados
para visita inesperada, goiabada,
bananada, mangada, pessegada,
marmelada, doce de leite de vários
tipos. Impossível lembrar-me de
todos.
Frequentemente apareciam masca-
tes na fazenda, vendendo de tudo que
era necessário para a vida cotidiana
das mulheres: tecidos, linhas, agulhas,
tesouras, rendas, meias entre outros.
Montados numa mula puxavam ou-
tra com duas malas que se chamavam
guaiacas. Um dos frequentadores da
Estiva era Jorge Hueb. Ele abria as
malas no interior da residência e mos-
trava tudo, com muita paciência. Ge-
ralmente vendia toda a mercadoria na
fazenda. Era dinheiro ganho com mui-
ta poeira e sol.
Aos onze anos teve várias namora-
das. Natalina, filha do Cornélio, mo-
rena, era mais velha e mais alta do que
Thomaz. Seus cabelos eram negros e os
lábios grossos. Seu pai trabalhava no
engenho e, por isso, de vez em quan-
do lhe trazia um pedaço de rapadura.
Talvez, por isso, tenha permanecido a
dúvida se a sua paixão era por causa
das rapaduras ou se ela tinha conheci-
mento de que o namorava.
Outra se chamava Carolina. Mais
baixa e clara do que a anterior e tinha
olhos azuis. Gostava de pegar em sua
mão, depois largar e sair correndo. Fi-
lha de José Correia morava numa fa-
zenda próxima à fazenda de seu pai. A
terceira namorada foi Maria de Lour-
des Gondim. Era maior do que ele,
tinha uma pinta no rosto e olhos gran-
des. Seu irmão se chamava Abadio,
um rapazinho muito quieto. Uma vez
entregou uma florzinha para Thomaz
e disse que era enviada pela namorada.
Em suas lembranças Padre Prata
afirmara o seguinte:
Até hoje, quando me lembro daquela
florzinha, sinto saudades da Maria
de Lourdes. Penso que ela gostava
de mim de verdade. Eu a vi pela
última vez em dezembro de 1934,
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