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nardo Smeele (Poemas Inspirados Por Deus e Pelos Homens, 1970), Araílda Gomes Alves (A Voz Que Pensava
Demais, 1979), Eunice Sousa Lima Pühler (As Mil e Uma Ruas Por Onde Andou... Minha Infância, 1983), Heli
Maia (Negativos, 1987; Cromos, 1990; Poemas de Aluvião, 1993) e Carlos Péres (Tríplices Cordas do Destino,
1996).
A VANGUARDA DOS ANOS 60/70
Em fins dos anos 60 e inícios da década seguinte despontaram na cidade três artistas inovadores, Jor-
ge Alberto Nabut e Xico Chaves na poética; e Paulo Vicente de Sousa Lima nos visuais, que publicaram suas
produções iniciais no Suplemento Cultural do Correio Católico (editado de julho/1968 a julho/1972) e nos
números 02 a 07 da revista Convergência (publicados de 1972 a 1976).
O NEOBARROCO NOS ANOS 70 E 80
Após sua fase inicial, experimental e de vanguarda, Jorge Alberto Nabut fundiu na obra-prima Branco
em Fundo Ocre: Desemboque elementos estilísticos experimentais e neobarrocos, além de cingir-se exclu-
sivamente a esta última tendência em outros poemas elaborados à época.
O CONSTRUTIVISMO POÉTICO DAS DÉCADAS DE 80 E 90
Antes que tendência, o construtivismo poético perfaz método de apropriação e submissão da subjeti-
vidade a disciplinamento racional propiciador e estimulador do exercício da sensibilidade, manifestando-se e
exteriorizando-se mediante prática elaborativa e reelaborativa exaustiva, sob a égide de esforço, consciência
e informação estética.
Teresinha Hueb de Meneses (Tempesfera, 1979), Carlos Roberto Lacerda (Astérion, 1983; O Azul Menos
o Nome, 1991), Olívio Tomain Neto, Maria Aparecida Vilhena dos Reis, Hugo Maciel de Carvalho e Guido Bi-
lharinho (Aspectos, 1992; Espécies, 2005) são alguns dos autores cujas obras perfilharam essa prática artística.
A VANGUARDA DOS ANOS 90
Vanguarda significa e pressupõe, em qualquer área da atividade humana, inconformismo, inovação,
inventividade e experimentação. Assim nas artes. Assim na poesia.
Desse naipe constituíram-se as produções, nesse período, de José Humberto Silva Henriques, Tony
Gray Cavalheiro, Juliano Bologna, Marcos Bilharinho, André Luís Fernando da Silva e, estreando no início da
década seguinte, Nícolas Morais Pessoa.
ANTOLOGIAS
Além dos livros de poesias individuais, foram editadas antologias poéticas que não só publicaram os
autores acima citados como outros de talhe discursivo, misto de prosa e poesia e porta de entrada de muitos
autores à prática poética que, no entanto, não a ultrapassaram, pelo que permaneceram prosadores, atingin-
do, quando muito e raramente suas produções a categoria de textos, ou seja, prosa poética.
Pela ordem cronológica foram editadas as antologias:
Poetas do Triângulo Mineiro (1976), organizada por Guido Bilharinho.
A Praça é do Povo - Coletânea de Poetas de Agora (1979), organizada por Joaquim Borges.
Poetas Contemporâneos Uberabenses (nº especial 25, de 1996, da revista internacional de poesia Di-
mensão, edição bilíngue português-francês), organizado por Guido Bilharinho.
A Poesia em Uberaba - Do Modernismo à Vanguarda (2003), organizada por Guido Bilharinho.
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