Page 87 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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numa mistura: azuis, amarelos, vermelhos,
                                           das mesmas cores que pendiam dos andores
                                           e das mini-bandeiras que em grupo levavam;
                                             cada qual mais feliz, orgulhosa e contrita...


                                                Atrás a banda de música executando,
                                             Na frente, em meio à fila de fiéis, cantando,
                                                 o pálio com o Santíssimo, ladeado
                                                pela Santa Irmandade com suas opas
                                          cor de vinho e as lanternas chamas cintilando...


                                                 A beleza mística da Semana Santa...
                                              As cerimônias na antiga Praça da Matriz
                                             toda calçada de pedrinhas semi-escuras...
                                             Balançando os estipes as verdes palmeiras,
                                          no poético jardim com veredas de cascalhados
                                             e os canteiros vestidos de lindas roseiras...
                                            Em meio a Praça, o antigo e singelo coreto,
                                            onde aos domingos havia retreta... Enquanto
                                             papais conversavam... Traduziam no olhar
                                            seu amor... ou em serestas nas noites de luar.


                                              A festa do divino... pãezinhos... festeiros...
                                                à noite, fogos pirotécnicos... castelo...
                                            e as estrelas cadentes dos lindos morteiros...
                                                  A tradicional festa de 13 de Maio
                                               O congado durante um mês ouvia-se a
                                            Caixa ao longe, no toque ritmado do ensaio:
                                       pan... pan pan pan... pan pan pan... pan... pan panpan...
                                               seus uniformes coloridos... Suntuosos,
                                              Rei e Rainha. Em cada grupo um capitão,
                                          Que ao se encontrarem à cadência do batuque,
                                             Se esgrimavam erguendo poeira do chão...


                                           Das lembranças, qual um cartão postal à vista,
                                             Permanece a igrejinha simples: Santa Rita.
                                               A bela e milagrosa Senhora D’ Abadia,
                                            o encanto das novenas, a “nobre” procissão...
                                              a coroação... as sugestivas barraquinhas,
                                                  o rico, divertido e infalível leilão...
                                              Em tudo havia aquele enlevo sem igual.









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