Page 88 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Natal... festas juninas... e o carnaval?
                                          As ruas cobertas de confetes, serpentinas...
                                         lança-perfumes, corso, e o alegre “Zé Pereira”
                                      Oh! Que saudades dos meus tempos de menina...
                                        Uberaba querida... os meus tempos de criança
                                         Tantas recordações... saudades... lembranças
                                          Já não há mais os regos dágua pelas ruas,
                                         com as rãs numa estranha e rouca sinfonia...
                                             O singelo, querido e velho Politeama,
                                         E sua mini-orquestra, dando ênfase às cenas
                                          de esporte... comédias ou grandes dramas...
                                        O Morro do Lampeão, o Morro das Sete Voltas,
                                         O Morro da Onça... com suas curvas e mato...
                                          Modernizaram-se, cobriram-lhes a branca
                                         pedra-sabão com cinzento e morno asfalto...
                                          Trocaram os sobrados, velhos casarões por
                                             Modernos prédios e lindas mansões...
                                            novos templos, escolas, universidade...
                                         vestiram os córregos, que se transformaram
                                            em belas ruas e imponentes avenidas.
                                       Cresceu, tornou-se a grande cidade, que à noite
                                           Nos encanta com suas luzes coloridas! ...


                                               Uberaba querida! És a terra gentil!
                                              onde pela primeira vez o céu eu vi!
                                            E o aconchego de tuas verdes colinas,
                                             A perfeição da criação de Deus senti.


                                            E sob este azul o progresso germina!...
                                       Brilha em ti mancheias de ouro e de diamante!...
                                         Na exuberância de teus campos... no viço de
                                             Tua rica lavoura... no porte altaneiro,
                                            Deste teu Zebu de “Cucurutu” gigante!...

















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