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(1903); Grêmio Literário Bernardo Guimarães (1904); grupos esperantistas Suda Stelo (1908) e Uberaba Stelo
(1910). Em Araxá pertenceu a mais de dez associações religiosas, profissionais e comunitárias, a exemplo,
como um dos sócio-fundadores da Sociedade Rural de Araxá, da Liga Progresso de Araxá e da já citada So-
ciedade de Geografia e História do Brasil Central.
Hildebrando pesquisou e escreveu de 1908 a 1930 importantes informações sobre o município de Ube-
raba, que serviram de base para a publicação do livro História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central e
a História do Futebol em Uberaba, escrita em 1922, ambas publicadas pela Academia de Letras do Triângulo
Mineiro em 1970 e 1972, respectivamente.
Em 1992 a Superintendência do Arquivo Público de Uberaba editou a obra Vida, Casos e Perfis, utilizan-
do informações contidas em manuscritos deixados por Hildebrando.
Entre outros trabalhos, publicados em livros ou não, salientam-se A Imprensa em Uberaba (divulgado
no Correio Católico em 1931), lançado na íntegra pela Superintendência em novembro de 2019; O Dialeto
Capiau; Genealogia Mineira; Nobiliarquia do Triângulo Mineiro; e ensaios sobre café, gado bovino, fauna do
Triângulo Mineiro, folclore, coreografia, constituição geológica e riquezas naturais do Triângulo, catedral de
Uberaba, tipos populares, artes dramáticas e apontamentos para as histórias de Araxá e Patrocínio.
Elaborou aproximadamente noventa biografias de uberabenses que se destacaram por suas atividades
pessoais e participação na comunidade.
Hildebrando faleceu em Uberaba, em 04 de novembro de 1940, deixando esposa D. Salvina Barra Pon-
tes e seis filhos.
Hildebrando abordou diversos aspectos em seus estudos, entre eles: economia, política, personali-
dades, cultura, futebol, imprensa, comércio, indústria, geografia, clima e outros. Sua obra é um registro im-
portante da história de Uberaba e região, constituindo acervo precioso de livros e manuscritos que servem
de base para estudos e pesquisas que têm contribuído para o entendimento da formação de Uberaba até a
década de 1930.
Para homenagear Hildebrando, a Superintendência do Arquivo Pública de Uberaba propôs que esta
instituição arquivística recebesse a denominação de Superintendência do Arquivo Publico de Uberaba “Hilde-
brando de Araújo Pontes”, o que foi aprovado pela Prefeitura de Uberaba e Câmara Municipal, fato ocorrido
em solenidade realizada no Arquivo Público, no dia 07/06/2019, onde foram recepcionados a bisneta e o
neto de Hildebrando de Araújo Pontes.
No dia 25 de novembro de 2019, a Superintendência do Arquivo Público de Uberaba comemorou os
34 anos da instituição e editou o e-book A Imprensa em Uberaba – Por Hildebrando Pontes, em homenagem
ao patrono da instituição.
Alexandre de Souza Barbosa
Alexandre de Souza Barbosa nasceu em 1865 em Paraopeba-MG e mudou-se para Uberaba em 1882
para lecionar na primeira Escola Normal da cidade. Tornou-se em 1890 deputado estadual constituinte pela
União Política e propôs a criação do pioneiro Instituto Zootécnico de Uberaba, do Brasil Central.
Intelectual que tornou-se uma personalidade de destaque em Uberaba e no Estado, recebendo diver-
sos elogios pela sua atuação na política, nas questões sociais, no registro da história de Uberaba. Falava alguns
idiomas, como: Francês, Espanhol, Latim.
Alexandre Barbosa traduziu o livro A Conquista do Pão, do escritor russo Kropotkine, que retratava o
período da Revolução Russa de outubro.
Politicamente, participou do Conselho de Intendência, em substituição à Camara Monárquica em 1889,
referente à primeira legislatura republicana de Uberaba, sendo responsável pela denúncia contra os funcio-
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