Page 22 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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fevereiro de 1811, ficando sacramentada no imaginário da cidade a comemoração do centenário. No recinto
da Exposição, Hildebrando promoveu uma mostra dos jornais editados em Uberaba até aquela data, em nú-
mero de oitenta e três.
Hildebrando foi eleito vereador pelo Partido Republicano Mineiro, na legislatura de 1912. Ocupou o
governo municipal na ausência do presidente da Câmara e agente executivo Felipe Aché, permanecendo na
administração de 1912 a 1915, em períodos descontínuos.
Foi um dos fundadores e atuou como membro do Conselho Fiscal da empresa “A Cosmopolita S/A de
Pecúlios”, em 1913.
Em 1913 mudou-se para Patrocínio e ao retornar para Uberaba sofreu perseguições políticas que o
magoaram profundamente.
Viajou em 1919 para o exterior por três meses, visitando vários países: Inglaterra, França, Espanha e
Portugal, permanecendo neste último por mais tempo, onde realizou pesquisa para um livro referente à
influência do negro na formação etnográfica do Brasil. Também esteve na Índia, comissionado por diversos
fazendeiros de Uberaba para adquirir reprodutores da raça zebu, primeiro tentando fazê-lo via Europa. Voltan-
do ao Brasil, dirigiu-se à Índia, via sul da África, em viagem não incluída, por um lapso, no rol das expedições
uberabenses àquele país.
Em 1920 abandonou a profissão de engenheiro agrônomo que exercia há 20 anos, por questões de
saúde e, fundou, em 1921 o externato Santa Filomena, de instrução primária e secundária para ambos os se-
xos, transformando-o em colégio no mesmo ano.
Foi fundador e presidente da “Sociedade de Geografia e História do Brasil Central”, em 1924, com sede
em Araxá.
Em 1921 finalizou o projeto do livro Dialeto Capiau e a História do Futebol de Uberaba.
Em 1927 concluiu as monografias Introdução do Cafeeiro no Triângulo Mineiro e sua cultura no municí-
pio de Araxá e Notícia Estatístico-corográfico e Histórico do município de Araxá. No mesmo ano foi nomeado
agente municipal de Estatística de Araxá.
Participou, em 1928, do Congresso das municipalidades do Triângulo, representando as cidades de
Araxá e Ibiá e, nessa oportunidade, entregou ao governo mineiro o pedido de restabelecer o Instituto Zootéc-
nico, de Uberaba, inexplicavelmente fechado. No mesmo ano também participou do Congresso Comercial,
Industrial e Agrícola do Estado de Minas Gerais, realizado em Belo Horizonte.
Também em 1929 escreveu sua autobiografia (manuscrita) Meus Cinquenta Anos, que foi lançada pela
Superintendência do Arquivo Público em formato e-book, em 04 de novembro de 2019.
No mesmo ano retornou de Araxá para Uberaba. Um ano depois participou da Revolução de 1930, sen-
do nomeado diretor da Cruz Vermelha. No mesmo ano, o prefeito Guilherme Ferreira solicitou a Hildebrando
que escrevesse um livro referente à história de Uberaba, com dados estatísticos e coleção das leis e decretos
do município, sendo publicado mais tarde.
Em 1934, Hildebrando transferiu-se para a cidade do Prata, ocupando o cargo de diretor proprietário do
Colégio Luso-brasileiro. Em 1938 retornou para Uberaba e ocupou o cargo de diretor da Instrução Pública,
nomeado pelo prefeito Wady José Nassif.
Hildebrando Pontes atuou em diversas áreas, além das indicadas, a exemplo do incentivo à navegação
do rio Grande (pela imprensa e até em contato pessoal com Rodrigues Alves, quando governador de São
Paulo).
Integrou entidades culturais, filantrópicas, comunitárias e religiosas, muitas delas como sócio-fundador,
estando, entre as primeiras, em Uberaba: Grêmio Agro-Científico dos Estudantes do Instituto Zootécnico de
Uberaba (1896); Grêmio Recreativo Uberabense (1898); Sociedade de Instrução Mútua Cooperação de Ideias
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