Page 18 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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para Sacramento e posteriormente para o Rio de Janeiro, onde exerceu a função de cônego honorário da
            Capela Imperial.
                  Administrou Uberaba em períodos alternados como agente executivo, de 1841 a 1845 e de 1851 a 1854.
            Durante sua gestão realizou obras que contribuíram com o desenvolvimento de Uberaba. Entre elas desta-
            cam-se:

                  - abertura de um novo caminho para o estado de São Paulo, através do rio Grande, partindo do porto
            de Ponte Alta. Com isso, o tempo para transportar mercadorias de Uberaba a Franca foi reduzido conside-
            ravelmente e também foram estimuladas as relações comerciais com a Corte, no Rio de Janeiro, porto de
            Santos, Goiás e Mato Grosso;

                  - demarcação do patrimônio municipal em 1841, com o auxilio do coadjutor padre Zeferino. A medição
            partiu da Matriz da Praça Frei Eugênio, correspondente a uma légua quadrada de terreno devoluto, de acordo
            com a Resolução Provincial Mineira nº 206, de 2 de abril de 1841;
                  - inauguração da Igreja do Rosário em 1842, cuja construção iniciou em 1939;

                  - fundação da Banda União Uberabense em 1852, permanecendo em atividade até 1908;
                  - pela Portaria de 6 de maio de 1853 criou a primeira Escola Pública Feminina do ensino primário.

                  Vigário Silva, considerado o primeiro memorialista de Uberaba que conhecemos até agora, deixou para
            a posteridade um grande registro histórico dos meados do século XIX.
                  Faleceu no Rio de Janeiro em 1858.



            Antonio Borges Sampaio

                                                                        Antonio Borges Sampaio nasceu na Freguesia
                                                                  de Valença do Douro, em Portugal, a 2 de janeiro
                                                                  de 1827. Aos seis anos ficou órfão de pai e mãe e foi
                                                                  criado por uma tia paterna.

                                                                        Emigrou para o Brasil em 11 de agosto de 1844,
                                                                  partindo da cidade do Porto para o Rio de Janeiro,
                                                                  aonde chegou em 2 de novembro do mesmo ano e
                                                                  depois seguiu para a cidade de Santos, tornando-se
                                                                  caixeiro em uma casa comercial de sal, propriedade
                                                                  de Francisco Ferreira Zimbres. Este, ao vir visitar Ube-
                                                                  raba convidou Borges Sampaio para acompanhá-lo
                                                                  e viajaram a cavalo para conhecer a cidade que tinha
                                                                  um próspero comércio. Chegaram em 15 de setem-
                                                                  bro de 1847. Zimbres fundou em Uberaba uma casa
                                                                  de comércio de sal, depois retornou a Santos, dei-
                                                                  xando Borges Sampaio como gerente do estabeleci-
                                                                  mento até 1848. Em seguida, Borges Sampaio seguiu
                                                                  para o porto de Ponte Alta e estabeleceu uma casa
                                                                  comercial denominada Elói & Sampaio, em socieda-
                               Tenente-coronel                    de com o alferes Antonio Elói Cassimiro de Araújo,
                       Antonio Borges Sampaio - 1827 a 1883       conhecido como barão de Ponte Alta. Permaneceu
            como gerente até 1852 e em seguida fundou uma firma de artigos estrangeiros, além de tornar-se proprie-
            tário de uma farmácia em 1851, recebendo em 1860, do Governo Imperial, o título vitalício para exercer a
            profissão de farmacêutico





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