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muito preocupada. Henrique, um dos sócios da Padaria Princesa, pai do prefeito Jorge
Furtado (1959-1963), a tranquilizou, dizendo que iria para a cidade de Sacramento
e que cuidaria do Armando da mesma forma que cuidaria do seu próprio filho.
Foto: Acervo do Nacional Futebol Clube
Equipe do Nacional que a depoente Marlene conheceu na década de 1940. No canto
esquerdo da foto vê-se, de terno e chapéu, o primeiro presidente do Nacional Futebol
Clube, Oto Sabino
Na Rua Tristão de Castro, naquele pedaço entre a Casa do Babá e a Medalha Mi-
lagrosa, só se viam as mães desesperadas, andando de um lado para o outro. Foi um
grande alvoroço. Naquela época não tinha carro, não tinha ônibus. Como poderiam
ir para Sacramento para ver os filhos? O Sr. Henrique conseguiu internar os feridos no
Hospital de Sacramento, internou o meu irmão, que fraturou a clavícula. Depois dis-
so, ele retornou para Uberaba, trazendo os que estavam com menos problemas físicos
e tranquilizou as mães.
Perto da minha casa moravam alguns jogadores: o Onofre, cuja mãe ficou “louca”
com o acidente; o Cocão; o Geleia. Eles estavam acostumados a frequentar a minha
casa. Tinha o menino do Matias (marceneiro) que também jogava bola, o José Matias.
O jogador Lupércio, amigo do Armando, meu irmão. Ele tinha um bar e depois abriu
um armazém na esquina da Rua Tristão de Castro. Tapuia, filho da dona Prisolina,
morava na Vila Maria Helena. Meus irmãos Abadio de Moraes e Abel eram juiz e
bandeirinha, e também estavam no acidente.
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