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Fizemos uma boa campanha em 1983, jogando contra o Cruzeiro, o Atlético e o
                   Uberlândia.
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                       Nós tivemos várias partidas marcantes, como no Campeonato Mineiro da segunda
                   divisão, em que fomos campeões. Em outra ocasião o Nacional ganhou do Cruzeiro,

                   no Mineirão, por 1 x 0. Foi um jogo inesquecível.


                                              Projeto de conscientização

                       Faço, há mais de dez anos, um trabalho voluntário no Clube Atlético Mineiro do
                   Bairro da Abadia, aqui em Uberaba. Estou sempre conversando com os meninos a fim
                   de conscientizá-los. Às vezes um conselho pode mudar a trajetória e o rumo de uma

                   pessoa que está pensando em ir para um caminho que não é de flores, mas de espinhos.
                       Nesse projeto, por meio de palestras, nós abordamos assuntos relacionados à famí-
                   lia, a vícios, drogas, e ao mundo atual. Sabemos que a base de tudo é a família. Eu

                   falo para os meninos o seguinte: “Talvez não saia nenhum craque daqui, mas tem que
                   sair pelo menos gente de bem”.



                                                   Futuro do Nacional
                       Quando os clubes tiverem apoio e condições de segurar os meninos da base, aí vão

                   formar equipes competitivas como acontecia no passado. A primeira coisa que o Na-
                   cional deve fazer é investir nas equipes de base, porque não adianta nada fazer time

                   bom para disputar campeonato e, no final da competição, vai todo mundo embora.
                       Atualmente, não se formam mais jogadores da base. Na minha época a maioria
                   dos jogadores era formada aqui, jogadores da cidade, que tinham identidade com o

                   Nacional. Grandes jogadores defenderam o Nacional.
                       Em minha opinião, é difícil trazer um jogador para fazer parte de um time e des-
                   manchar logo depois do campeonato.

                       Tanto no Nacional quanto no Uberaba as melhores promessas vão embora. Há
                   outro agravante: o campeonato amador da cidade retira jogadores profissionais das
                   duas equipes para disputar essa competição que para eles é mais interessante. Eles ga-

                   nham praticamente a mesma coisa sem a mínima responsabilidade de treinamento e
                   de manter horário. O futebol amador em Uberaba é forte justamente por causa disso.

                   Mas esses jogadores representam uma safra que está passando. Os melhores jogadores
                   do campeonato amador são aqueles de 5, 6, 7 anos atrás.



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