Page 156 - Revista Memorias_Nacional F C
P. 156
Consegui durante a minha carreira evitar todo tipo de vícios, principalmente pelo
respeito aos meus pais. Aqueles que fazem com que seus pais sejam felizes dificilmente
não serão felizes.
Atualmente faço parte da diretoria da Funel (Fundação Municipal de Esporte
e Lazer), antiga Secretaria de Esporte. Coordeno alguns professores que fazem um
trabalho de futebol de campo muito importante. Temos dez núcleos, localizados em
diferentes bairros, onde os professores dão aula para os jovens, praticamente todos os
dias. Os meninos que estudam nas escolas regulares pela manhã, frequentam os núcle-
os. Também há um trabalho de conscientização no sentido de enaltecer não somente
a capacidade de cada garoto aprender futebol, mas acima de tudo a capacidade de
aprender a ser cidadão e tornar-se um adulto de bem.
Carreira
O início da minha carreira profissional ocorreu no Nacional. Antes eu jogava
em equipes amadoras. Assinei um contrato muito comum naquela época, chamado
de ficha amarela. Era um contrato semiprofissional para depois assinar um contrato
profissional de futebol. Fiquei por um período de três a quatro anos no Nacional, me
transferi para o time América Mineiro, onde fiquei por um período, voltei ao Nacional
onde joguei mais um ano. Posteriormente fui vendido ao Botafogo de Ribeirão Preto,
onde fiquei três anos. Em seguida, fui para Salvador defender a equipe do Esporte
Clube Bahia, por seis anos, onde fomos campeões brasileiros em 1988. Após o Bahia
voltei para o interior de São Paulo e fui defender o Bragantino no Campeonato Paulis-
ta. Depois continuei no Campeonato Paulista na Associação Desportiva São Caetano.
Do São Caetano fui para o Japão, onde fiquei dois anos; retornei para o Brasil, para
defender a equipe do Operário de Campo Grande, no campeonato mato-grossense.
Minha passagem pelo Nacional marcou a minha vida, porque era como se fosse a
minha casa, o local onde iniciei a minha carreira, em 1980, 1981. Nós fomos cam-
peões da segunda divisão, que tornou possível o Nacional voltar a jogar na primeira
divisão, em 1982. Fiquei até 1985. Foram quase cinco anos. No Nacional tenho
amizade até hoje com todos os diretores. Foi onde acreditaram no meu futebol, onde
aprendi muito e tive a felicidade de ter um treinador chamado “Da Silva”. Aprendi
muito com ele. Quando a gente inicia a carreira com uma pessoa que nos ajuda, nos
incentiva e nos dá aquela base, aquela sustentação para a carreira, a vida profissional
fica marcada de maneira positiva.
154