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Marlene Trindade De Araújo


































                              Marlene Trindade de Araújo – torcedora do Nacional Futebol Clube
                       Foto: Acervo da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba – 04/05/2016




                       Nasci no Alto de São Benedito, no mesmo local em que o Nacional nasceu. Além disso,
                   o meu irmão Armando de Moraes jogava no Nacional. Então, desde menina eu conheço

                   esse time.
                       O campo do Nacional ficava na rua que descia na Igreja São Benedito e terminava na
                   Rua Rio Branco. Ali era o campinho do Nacional. Os colegas do meu irmão se reuniam

                   sempre naquele local conhecido na época como “as Bicas”. Aquela turminha toda jogava no
                   Nacional, assim como os filhos dos comerciantes libaneses da Rua Tristão de Castro.
                       Uma das situações mais marcantes vividas naquela época foi um acidente ocorrido

                   com os jogadores do Nacional Futebol Clube na cidade de Sacramento/Minas Gerais. Eles
                   foram de caminhão para aquela cidade. Quando fizeram a curva na praça principal da
                   cidade, o motorista Bepa, que também era torcedor nacionalista, sugeriu que os jogadores,

                   na manobra da curva, gritassem em coro: “Viva o Nacional!”. Quando gritaram o cami-
                   nhão capotou e todos se machucaram.

                       Quando a notícia chegou ao Alto de São Benedito, só se viam as mães dos jogadores
                   “com as unhas na cabeça”, chorando por causa dos filhos jogadores. Minha mãe estava



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