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em 1966. Fizemos um contratinho de gaveta, conhecido na época como ficha ama-
rela. Está lá até hoje. Atualmente estou preso na Federação. Fiz um contrato, a ficha
amarela, e depois fiz um contrato profissional. Eu fiquei de 1968 até 1972, ano em
que me formei. Dalí eu toquei a minha vida como engenheiro. Hoje estou aposentado
como engenheiro civil. Mas faço uns jogos com os companheiros, estou militando ain-
da. Tenho uma propriedade rural que eu gosto muito e também me dedico a ela. Tenho
minha família. Todos formados. Minha vida é boa.
Carreira
Quando o Heitorzinho pegou a presidência do Nacional, fizemos um time univer-
sitário e subimos, na grande melhor de três que teve entre Nacional e Uberaba. Sa-
gramo-nos campeões. O primeiro jogo ganhamos por 1 x 0. Perdemos o segundo jogo,
numa quarta-feira à noite, por 3 x 1, e no domingo fomos lá para o Boulanger Pucci
e fizemos um grande jogo, que ficou em 1 x 1. O Uberaba Sport empatou no finzinho,
fomos para a prorrogação, depois fomos para os pênaltis. O Tinoco fez os três gols nos
pênaltis. O Naim errou o primeiro pênalti. Nós subimos, fizemos um grande time no
ano seguinte e nos classificamos em quarto lugar no Campeonato Mineiro. Eu já esta-
va me formando. Parti para o ramo da Engenharia, mas sempre presente, seguindo o
Nacional. Fui presidente por quatro anos, diretor eternamente, estamos sempre juntos
e pensando no Nacional, para que ele possa realmente, um dia, melhorar bastante.
Assumi a presidência do Nacional assim que o meu primo Jorge Abud deixou o car-
go. O Nacional subiu naquele ano e nós fomos disputar a primeira divisão; eram 20
equipes naquela época. Também conseguimos ficar em 4º lugar. Aí chamei da turma
antiga o Tinoco e o Jair. Tinoco foi diretor de futebol. Começamos a formar o time, co-
meçamos a juntar os da cidade. Nessa minha gestão, juntamente com a diretoria, nós
conseguimos vender o Paulo Rodrigues para o Cruzeiro. Nós o vendemos e depois ele
foi campeão brasileiro pelo Bahia. Vendemos o Luisinho, ponta-esquerda. Vendemos o
Tepa, para o América. Vendemos o Givaldo para o Cruzeiro. Aí conseguimos tocar com
mais tranquilidade. A Federação naquela época ajudava. Nós fizemos grandes equipes
e grandes clássicos entre Nacional e Uberaba. Foi uma época muito boa; o Nacional
viveu de 75 até 78,79, uma rivalidade muito boa entre as duas equipes.
Eu não tive dificuldade para tocar o Nacional. Na época nós fizemos um carne-
zinho que introduzimos na cidade. A folha do pagamento do clube era, por exemplo,
de dez mil reais; nós arrecadávamos onze, doze mil. Toquei o Nacional por quatro
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