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A gente subiu com um time muito bom, que tinha o Gasolina, o Edson e o Figuei-
redo. O Figueiredo chegou para compor o grupo na parte final, além de Sílvio, zaguei-
ro. Veio também o Serginho, que anos depois morreu em uma partida no Morumbi,
jogando pelo São Caetano. Em 97, ele ajudou o time a subir para a primeira divisão.
No meio de campo a gente tinha o Otacílio, o Décio, o Toninho Pereira (jogador do
Atlético Mineiro), o Warley e o Teco. Na frente tinha o Dudu, Vandão e depois veio o
Renatinho para nos ajudar, o próprio Warley que fazia composição de meio, mas jogava
na frente também. A equipe era muito boa, muito compacta. Era uma equipe para
jogar a primeira divisão também.
Subimos em 1998. Houve uma reformulação total. Infelizmente, sem patrocínio, a
equipe jogou a primeira divisão e tornou a cair.
Em 2001 a gente subiu de novo. Eu estava no grupo com o Abocater comandando.
A equipe subiu com o Gasolina e o Edson. Então a gente tinha na zaga o Vandão, o
Alex, o Jessé e o Esquerdinha, que fazia o papel de ala esquerda. No meio de campo
tínhamos o Décio novamente, além do Jessé, Vandão e Dudu. Esses permaneceram do
grupo em 1997 e mais uma molecada boa, que vinha de um trabalho que a gente fez
com as categorias de base. Disputávamos o campeonato mineiro de 1999, 2000, e desse
grupo ficou o Everton, que depois foi vendido para o Atlético. Assim disputamos mais
dois anos. Em 2002 permanecemos na primeira e em 2003 caímos novamente.
Com o fechamento do bingo que funcionava no antigo Cine Uberaba Palace, a es-
trutura caiu muito e, na disputa do Campeonato Mineiro, o Nacional caiu novamente.
A gente vem nesta saga, neste sofrimento, de segunda, de módulo B, e permanece até
hoje nessas condições.
Em 2013, fomos campeões do “módulo três”, que é a segunda divisão; subimos para
o “módulo dois”, depois voltamos a cair novamente. Gasta-se o dinheiro pra subir e
depois não tem como manter aquela estrutura na sequência. É o mesmo caso de 20015.
A gente fez uma equipe muito boa, para disputar a primeira divisão, mas se a gente su-
bisse, não teria condições para dar sequência com o mesmo grupo, porque falta dinheiro
até para o pagamento dos funcionários que permanecem aqui no clube. Precisamos
criar uma estrutura bem feita, com jovens que queiram surgir no futebol e gastar pouco,
porque na hora de subir a gente passa a ter condições de dar sequência ao trabalho.
O atual presidente do Nacional é o Márcio José, o contador do Salim. O Salim se
licenciou e ele assumiu como presidente. É uma pessoa boa, mas precisa contar com a
união dos conselheiros para ir em busca de uma estrutura melhor para o clube. Essa
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