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Lá não teve dinheiro só do Nacional. Uma parte do dinheiro desse trabalho foi
proveniente da venda do passe do Orlando, zagueiro muito bom. Dessa forma, o Na-
cional nos ofereceu CR$200 mil.
Foto: Lavoura e Comércio – 30/03/1979
Orlando, jogador do Nacional na década de 1970
Eu tenho que agradecer ao Nicolau Laterza e ao Barra pelo auxílio na construção
das arquibancadas. O João Miguel Hueb nos cedeu o nome jurídico de sua empresa
para registrar os empregados na construção do Ginásio. Eu pagava e, por meio da fo-
lha de pagamento, os trabalhadores recebiam os seus salários. Foram dois anos de luta.
Lá teve contribuição de torcedores do Uberaba Sport, que são meus amigos, colegas.
Torcedores do Independente e torcedores do Nacional. Fizemos festas, festival de chope
e batuques e em dois anos conseguimos concluir os trabalhos.
Hoje eu fico orgulhoso de ver que nós temos um patrimônio! Se Deus quiser, nin-
guém vai arrancar esse patrimônio do Nacional. É uma parte do Nacional que mo-
destamente leva o meu nome: João Hercos Filho.
Foi uma satisfação muito grande porque minha esposa e minhas filhas poderiam
ter dito: Não faça isso, não vá gastar dinheiro! No entanto, fizeram o contrário e me
entusiasmaram. Elas não se arrependeram.
O Nacional deu Cr$ 200 e eu consegui CR$ 2 mil da comunidade. A Prefeitura
também ajudou e o Ginásio ao todo ficou em CR$ 5.400,00. O restante você sabe de
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