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Ali era como se fosse o vestuário do Nacional Futebol Clube. Depois de trocarem
               de roupa os jogadores pegavam o carro e iam para o campo de futebol. No local atual-
               mente funciona o Banco Bradesco.

                   O Nacional não tinha campo. Ele treinava no campo de um e treinava no campo
               de outro. Às vezes jogava na Vila Maria Helena. Treinava no campinho da “Prince-

               sinha d’Oeste”, perto da antiga estação ferroviária Oeste de Minas (onde hoje se en-
               contra a Rodoviária de Uberaba). Era conhecido como time sem campo. Os abnegados
               mais antigos se reuniram e decidiram superar esse problema. Isso aconteceu quando eu

               fui estudar no Rio de Janeiro, com a idade de 15 anos.
                   Quando voltei o Estádio JK já estava construído. Voltei em 1962, como médico.
               No Rio de Janeiro conheci a minha esposa, que era minha colega, veio para Uberaba

               e tornou-se nacionalista também. Minha esposa se chama Elci Silva Hercos e minhas
               filhas são Ana Cristina, Ester Luiza da Silva Hercos e Sonia Regina Hercos.
                   Eu me entrosei mais na direção e na administração do time. Antigamente eu era

               só um menino torcedor do Nacional. Passei a trabalhar efetivamente: eu era o braço
               direito e o braço esquerdo dos diretores do Nacional. Naquela época, passamos para

               a segunda divisão e começamos a galgar aquilo que viria a acontecer: a disputa das
               divisões principais do campeonato de Minas Gerais.


                                             Arquibancadas do JK

                   No estádio do Nacional foi edificado inicialmente um lance central. O Fued Hueb

               construiu a arquibancada e o vestiário. Boa parte da torcida ficava no alambrado.
               Então, o Silvio Prata, o Newton Prata e eu resolvemos lutar e construímos quatro
               lances de arquibancada ao redor do estádio, que deu uma melhoria extraordinária e

               também foi uma luta anterior à construção do Ginásio.


                                     Construção do Ginásio de Esportes

                   A construção do ginásio surgiu de uma brincadeira. Francisco Prata Decina, em
               conversa comigo ponderou que os atletas necessitavam de um local que fosse mais
               adequado à realização dos treinos. Eu apoiei a ideia. Quando cheguei em casa expus

               aquele pensamento. Minha esposa e minhas filhas me incentivaram quanto à constru-
               ção do Ginásio para o Nacional. Assim, resolvemos edificá-lo. Foi uma luta. O Jorge

               Abud era o presidente naquela época e eu disse a ele: Nós vamos fazer uma coisa que
               vai marcar o seu nome no Nacional. Vamos construir o Ginásio!



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