Page 670 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Santos Anjos Filho – doutor em música, escritor, violonista concertista, professor, compositor, pesquisador
e divulgador da Viola de Cocho, do Mato Grosso, no Brasil e no mundo. Fixou-se em Cuiabá nos anos 90 e,
a partir de então, fez jus a incontáveis homenagens pelo seu grandioso trabalho de resgate e valorização da
música regional mato-grossense (MT); Maria Inês Junqueira Guimarães – formada em piano no Instituto Mu-
sical Uberabense, na classe da professora Odette Carvalho de Camargos. Obteve o título de doutora em mú-
sica pela Universidade Sorbonne de Paris. Tornou-se pianista concertista, compositora e porta-voz da música
brasileira na capital francesa, onde passou a residir a partir de meados da década de 1990. Gravou na Europa
cerca de duas dezenas de CDs, com ênfase em autores brasileiros, incluindo composições próprias; Jeziel
Pousa Corrêa de Paiva - violista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto (SP) e do Quarteto de Cordas de
Ribeirão Preto (o mais antigo quarteto de cordas do interior paulista, fundado em 1985). É também maestro,
professor, empreendedor cultural e criador, em Uberaba, da Associação Cultural Antenogenes Silva (Acuas),
que desenvolveu excelente trabalho no Sesi de Uberaba, de 2007 a 2010; Daniel Junqueira Tarquinio – Diplo-
mou-se pelo Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi, na classe do professor Sylvio Cruz Robazzy,
em 1982. Seguiu para a capital federal, tendo concluído sua graduação em piano na Universidade de Brasília,
em 1986. Prosseguiu seus estudos na Rússia, onde permaneceu por sete anos estudando no Conservatório
Rimsky-Korsacov de São Petersburgo, com bolsa do governo russo. Conquistou o grau de mestre em Artes,
nas especialidades: pianista concertista, camerista, co-repetidor e pedagogo. Em 2012 tornou-se Doutor em
Música na área de Práticas Interpretativas do Piano, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A partir de
2000 passou a pertencer ao quadro permanente da Universidade de Brasília (UNB) por concurso público; Eli-
ézer Tiago de Oliveira - violinista, professor e maestro. Fundador e regente da Orquestra Municipal de Uberaba
desde 2016; Reinaldo De Vito – violonista, professor e músico profissional, excelente intérprete do violão de 7
cordas. Integrou o Grupo Chorocultura de 1994 até 2016, ano de seu falecimento; Fausto Reis - cavaquinista
profissional, professor e compositor. Integrante do grupo Chorocultura desde o início de suas atividades, em
1994, e fundador do grupo Choro de Aprendiz, do Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi, que
vem revelando inúmeros valores da nova geração.
Compositores eruditos:
Renato Frateschi; Elviro do Nascimento; Dinorah de Carvalho; Alberto Frateschi; Maria Inês Junqueira
Guimarães.
Renato Frateschi – (1881/1964) nasceu na Itália e fixou-se em Uberaba a partir de 1902. Pianista, profes-
sor, maestro, compositor e crítico musical. Foi autor de mais de 500 obras nos mais variados gêneros da mú-
sica popular e erudita. A maior parte de sua produção erudita foi escrita nas duas primeiras décadas do século
XX e abrange: fantasias, sinfonias, romanzas e marchas sinfônicas, além de peças camerísticas e obras sacras.
Elviro do Nascimento – (1890/1980) construiu belíssima carreira musical em Belo Horizonte (MG) a
partir de 1925, tornando-se autor de extensa produção de obras orquestrais, com premiações em vários con-
cursos, dentro e fora do estado. Como maestro, teve seu nome colocado no mesmo patamar que os mais
renomados regentes da capital mineira da primeira metade do século passado. Herdeiro direto do maestro
Francisco Nunes na cadeira de Harmonia, do Conservatório Mineiro de Música, e do cargo de regente da
Orquestra da Sociedade Municipal de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte. Foi nomeado diretor geral das
bandas militares do estado de Minas Gerais e, com seu excepcional desempenho, colocou as bandas minei-
ras na vanguarda do setor em nível nacional.
Dinorah de Carvalho – (1895/1980) foi pianista e concertista de renome dentro e fora do País e pionei-
ra em várias áreas, pois tornou-se a primeira mulher a reger uma obra sinfônica no Teatro Municipal de São
Paulo, a primeira a criar e reger uma orquestra sinfônica exclusivamente feminina em São Paulo e a primeira
mulher a pertencer à Academia Brasileira de Música. Compôs cerca de 400 obras para piano, canto e dife-
rentes formações instrumentais, muitas delas premiadas pela Secretaria Municipal de Cultura do estado de
São Paulo. Tornou-se também crítica musical dos maiores jornais da capital paulista. Fundou em São Paulo
a Escola de Música Dinorah de Carvalho, que teve muito prestígio. Diplomou-se em 1939 nesta escola, na
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