Page 669 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil

Inicialmente sediada na travessa Cel. José Ferreira nº 02, esquina com a rua Major Eustáquio,
passou depois a funcionar na rua Manoel Borges nº 30, perto do Edifício da Sociedade Rural do
Triângulo Mineiro. Em 1958 a Academia foi reconhecida com o certificado de Utilidade Pública,
pela Câmara Municipal de Uberaba. Em 1959 contava com mais de uma centena de alunos.

MÚSICOS ERUDITOS UBERABENSES QUE SE DESTACARAM A PARTIR DO INÍCIO DO SÉCULO XX

Pedro Vieira Gonçalves - flautista e flautinista profissional, professor e compositor. Laureado pelo Insti-
tuto Nacional de Música do Rio de Janeiro com medalha de ouro. Sua família transferiu-se para a capital da
República em 1912, onde construiu uma vitoriosa carreira, integrando várias orquestras e grupos camerísticos.
Participou da Semana de Arte Moderna em 1922; Branca Caldeira de Barros - cantora lírica soprano ligeiro
com curso de aperfeiçoamento em Paris. Fixou-se no Rio de Janeiro; Antenógenes Magalhães (1889/1962)
- flautista, maestro, professor e compositor, que atuou intensamente em Uberaba. Após 1919 residiu cerca
de 18 anos em Ribeirão Preto (SP), participando ativamente do cenário musical ribeirão-pretano, retornando
à sua terra natal em 1938 para criar e dirigir o primeiro Regional da PRE-5; Edson Lopes - cantor, com voz
de baixo cantante. Atuou profissionalmente em Belo Horizonte e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Foi
considerado o melhor baixo das Américas na década de 1950. Gravou onze LPs e teve participação ativa na
chamada Era do Rádio; Benedito Chaves (Guru) (1911/1985) - violonista, concertista, arranjador e compositor.
Fixou residência em São Paulo e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Tornou-se um dos pioneiros na execu-
ção e divulgação do violão elétrico; Dinorah de Carvalho - pianista concertista, maestrina, crítica musical e
compositora premiada inúmeras vezes. Bolsista do governo de Minas Gerais no Conservatório Musical de
Paris (FR), fixou residência em São Paulo, onde fundou uma Escola de Música. Tornou-se a primeira mulher
a reger obra sinfônica no palco do Teatro Municipal de São Paulo e a primeira a ocupar uma cadeira na Aca-
demia Brasileira de Música; Nair Medeiros - pianista, concertista, professora. Fixou residência em São Paulo e
foi bolsista do governo de Minas no Conservatório Musical de Paris (FR), na década de 1920. Durante muitos
anos atuou como pianista acompanhadora do Balé do Teatro Municipal de São Paulo, por indicação de Mário
de Andrade; Maria Francisca Meirelles (Rolinha) - pianista, concertista e professora. Fixou residência em São
Paulo e, posteriormente, em Campinas (SP), onde desenvolveu intenso trabalho no campo do magistério. Foi
professora de Odette Carvalho de Camargos; Poupée Meirelles - pianista solista e camerista. Fixou residência
no Rio de Janeiro, tendo se casado com o flautista Pedro Vieira Gonçalves; Antenógenes Silva (1906/2001)
- acordeonista e compositor. Atuou profissionalmente primeiro em São Paulo, tendo se transferido posterior-
mente para o Rio de Janeiro. Criou seu próprio regional e foi presença constante no rádio e na televisão. Con-
quistou inúmeros prêmios no exterior, tendo sido considerado o maior acordeonista do mundo, na Alemanha
e na Itália; Renato Frateschi (1881/1964) - pianista, professor, maestro, compositor, cronista e crítico musical.
Foi regente de bandas no início do século XX, e de pequenas orquestras que atuavam nas confeitarias e cine-
mas locais nas três primeiras décadas do século XX, além de ter sido diretor do Conservatório Musical Santa
Cecília, em Uberaba (1939/1940); Alberto Frateschi (1909/1977) - pianista concertista, professor, maestro e
compositor. Fundador e primeiro diretor do Conservatório Musical de Uberaba (1949), hoje Conservatório
Estadual de Música Renato Frateschi, e também do Conservatório Musical de Uberlândia (1957), hoje Con-
servatório Estadual de Música Cora Pavan Caparelli; Odette Carvalho de Camargos (1909/2005) - pianista
concertista, professora e regente de corais. Co-fundadora e diretora do Instituto Musical Uberabense (1956) e
fundadora do Coral Artístico Uberabense (1958). Pianista convidada para tocar nas solenidades de inaugura-
ção da cidade de Goiânia (GO); Maria Emília Nascimento Pereira - pianista premiada, concertista e professora
no Conservatório Musical de Uberaba, de onde foi a primeira formanda. Fixou-se em Brasília (DF) a partir de
1963, tornando-se uma das pioneiras na capital federal a atuar na área musical erudita como concertista e
também como professora. Depois de casada passou a assinar Maria Emília Osório; Walmira Perez Cardoso de
Oliveira (1931/1978) – pianista concertista e professora. Co-fundadora do Instituto Musical Uberabense (1956);
Sylvio Cruz Robazzi - pianista concertista, camerista e professor. Natural de Ribeirão Preto, transferiu-se para
Uberaba em 1968, aqui fixando residência. Foi professor de piano no Conservatório Estadual de Música Re-
nato Frateschi, onde trabalhou ao longo de mais de 40 anos, de 1968 até o fim de sua vida, em 2010; Abel

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