Page 357 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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A imagem abaixo é de uma homenagem que os condutores de veículos de tração animal e
               motora fizeram para o então prefeito de Uberaba, Guilherme de Oliveira Ferreira, por ter construído
               cerca de 600 quilômetros de estradas e, também, extinguindo a cobrança de pedágios.


                                                                                                                         Superintendência do Arquivo Público de Uberaba





































                                            Praça Rui Barbosa. Foto: Autor não identificado. Década de 1930


               TRANSPORTE FLUVIAL
                     Até a primeira metade do século XIX o comércio de Goiás e Catalão dependia do transporte que era
               feito pelo porto da Espinha, no rio Grande, atingindo a cidade de São João del Rei até a capital daquela época,
               o Rio de Janeiro. Portanto, a cidade de Uberaba também dependia dessa rede de comunicação, que repre-
               sentava distâncias consideráveis.

                     Quase todos os produtos consumidos pelas províncias de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais eram
               embarcados no Rio de Janeiro, em grandes botes chamados faluas e descarregados em Porto Estrela. Através
               de Porto Estrela, seguia-se pelo caminho do mar, penetrava-se a Província de Minas Gerais, até São João del
               Rei e Formiga, locais onde as mercadorias eram distribuídas para o interior do País.

                     Para encurtar as distâncias e tornar as jornadas menos dispendiosas, major Eustáquio e vigário Silva abri-
               ram um novo traçado, dessa vez através do porto de Ponte Alta, no rio Grande, o que provocou o abandono
               do porto da Espinha.
                     Por esse traçado, o rio Moji-Guaçu, no estado de São Paulo, passou a ser navegável, conduzindo carre-
               gamento de sal até o porto de Santos/SP, por meio de canoas, um dos gêneros de primeira necessidade para
               a pecuária da cidade. De Santos até o Rio de Janeiro, as mercadorias seguiam em embarcações particulares.

                     Algumas vias de comunicação entre a província de S. Paulo e as margens do rio Grande foram ativadas.
               O sal e outros gêneros importados de portos fluminenses e do porto de Santos eram levados em barcos até
               São Paulo, chegavam a Uberaba por preços mais baixos que os oriundos de S. João Del Rei, pois essa via de
               comunicação encurtava as distâncias. Consequentemente, o comércio de Uberaba passou a ser feito com
               S. Paulo.



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