Page 344 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Dentre os sacerdotes e sacerdotisas que vieram para o Brasil, se destacaram dois grupos: os bantos
            (oriundos de regiões do Congo, Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vieram da Nigéria e do Benin
            (sendo os iorubas, ou nagôs, e os jejes).
                  Mesmo sendo escravizados, os africanos e seus descendentes conseguiram manter vivos os seus cul-
            tos nas senzalas, quilombos e matos.

                  Segundo o professor Gabriel Banaggia, doutor em Antroplogia pela Universidade Federal do Rio de Ja-
            neiro, “existem várias religiões de matriz africana que surgiram no território nacional em contato com uma
            realidade muito distinta daquela dos povos trazidos à força da África para o Brasil”.











































                    As danças ao ritmo de tambores podiam ser apenas diversão, mas geralmente tinham um componente mágico-religioso.
                                                                          Foto extraída do livro África e Brasil Africano, p. 113

                  Existem diversas religiões de matriz africana também nas Américas, em Cuba especialmente, mas tam-
            bém em outros países da America do Sul.

                  No Brasil especificamente há atualmente uma grande gama de cultos:



                  TERECÔ

                  Terecô é a denominação de uma das religiões afro-brasileiras das cidades de Codó, no Maranhão;
            Teresina, no Piauí, derivada do Tambor de mina, semelhante ao candomblé. Os sacerdotes desempenham
            funções de rezadores e curandeiros, tipificados de origem indígena, cultuam caboclos e integram elementos
            da tradição religiosa africana.



                  TAMBOR DE MINA

                  Tambor de mina é a denominação mais difundida das religiões afro-brasileiras no Maranhão, Piauí, Pará
            e Amazonas. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de ne-


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