Page 302 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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- Gabinete de Higiene
- Gabinete de Clínica Dentária
- Gabinete de Botânica
- Gabinete de Fisiologia
- Gabinete Dentário
O Gabinete Dentário era aberto todos os dias, de manhã e à tarde, com atendimento gratuito aos po-
bres.
O Conselho Nacional de Educação, através do Secretário Américo Lacombe, aprovou, em 14/11/1933,
o Regimento da Escola de Farmácia e Odontologia de Uberaba, com pareceres exigindo modificações em
consonância com as leis. Este Regimento constituiu uma verdadeira fotografia da Escola e foi corrigido em
alguns artigos, sendo posteriormente, aprovado de acordo com os parâmetros legais.
Pelo Regimento da Escola, o Conselho Técnico Administrativo, composto por três professores, formava
um órgão deliberativo das questões puramente técnicas e didáticas.O Presidente desse Conselho era nome-
ado pelo Diretor e os demais membros indicados pela Congregação da Escola. O Presidente era Dr. Manoel
Libânio Teixeira e os membros eram Ruy Pinheiro e Álvaro Guaritá.
Em 1934 nada constava de irregular no Conselho Nacional de Educação sobre a Escola, além da con-
cessão da inspeção preliminar no ano de 1933.
A última turma matriculada no curso de Odontologia da referida Escola foi a de 1934.
O Decreto nº 1003 de 01/08/1935 cassou a inspeção preliminar da Escola de Farmácia e Odontologia
de Uberaba, alegando irregularidades administrativas e acadêmicas.
O Parecer nº 206, do Conselho Nacional de Educação, de 1935, da Comissão do Ensino Superior, pela
apreciação do relatório do Dr. Jurandir Lodi - Inspector Especial, solicitou que fosse cassada a regalia de ins-
peção preliminar conferida à Escola. Em consequência, a Diretoria Nacional de Educação decidiu, pela:
Demissão do inspector, Dr. Carlos Moraes pela demonstrada falta de exacção
no cumprimento de seus deveres. Cassação da regalia de inspeção preliminar
outorgada à Escola.
Revisão do registro de diplomas da Escola a fim de serem cancelados os que não
estivessem de acordo com as prescrições legais.
Na época, a fiscalização era um ato indispensável para a comunidade e para a continuidade da Institui-
ção de Ensino.
O Inspetor Federal Dr. Carlos Moraes enviou, em 01/05/1934, uma carta ao Presidente Getúlio Vargas
informando sobre as injustiças e falsas denúncias, além da cobiça de alguns pelo cargo que ocupava e solici-
tava solução. Os relatórios da Escola eram enviados e não recebiam respostas sobre as instruções que deve-
riam seguir. Solicitou que os seus vencimentos fossem pontualmente pagos, pois, não recebia seu salário há
quatro meses, e se fosse necessário se retiraria da inspeção da Escola e que outra colocação fosse arranjada.
Em 12/02/1935, o Diretor Francisco Mineiro Lacerda se ausentou e tomou posse o Dr. Mozart Felicíssi-
mo.
Diante dessa instabilidade administrativa os alunos entraram em greve, e, em abril de 1935 expuse-
ram, através de uma Comissão de Grevistas, na reunião extraordinária da Congregação da Escola de Farmácia
e Odontologia, o motivo da paralização: os alunos queriam a certeza de que haveria fiscalização na Escola e
não compareceriam às aulas enquanto não se resolvesse a questão.
A resposta do Diretor Francisco Mineiro Lacerda foi a seguinte:
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