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ram em Odontologia e o Veran se formou em Economia. O Nacional era uma família.
Além disso, o Nacional tinha uma estrutura considerável, pois mantinha um aloja-
mento no próprio estádio para os jogadores que vinham de fora, com todos os recursos
necessários para a manutenção durante a permanência no clube.
A principal lembrança de minha carreira foi a vitória contra o Uberlândia Sport
por 3 x 0 pelo Torneio Incentivo, no primeiro turno, dentro do Estádio Juca Ribeiro.
Daquele campeonato participaram as seguintes equipes: Caldense, Uberaba, Nacio-
nal, Uberlândia, Fluminense de Araguari, União Tijucana de Ituiutaba e outros
times da região do Triângulo Mineiro. Havia, na época, muita rivalidade no Juca
Ribeiro. Era um campo apertadinho. Atrás do gol a torcida ficava em cima da arqui-
bancada, ameaçando os adversários, afirmando que disparariam pedras e latas contra
a cabeça dos jogadores. Quando íamos bater lateral, eles puxavam nosso braço com o
cabo do guarda-chuva... Isso não acontecia só em Uberlândia. Era comum também
em Itabira, Ituiutaba, Araguari e Nova Lima. Era uma guerra.
Em relação aos grandes clubes de Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético, a gente sempre
começava bem, mas acabava perdendo, pois o preparo físico era outro. Naquela época
a diferença era muito grande. Além disso, havia grandes jogadores, todos de Seleção
Brasileira: Piazza, Palhinha, Paulo Izidoro, Campos, Dirceu Lopes e Reinaldo.
Jairo, Braz, Palhinha, Ernani (goleiro), Dirceu Lopes e Helinho
Jogo Nacional x Cruzeiro, Estádio João Guido - Ano 1975
Foto: Acervo da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba
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