Page 488 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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a rivalidade foi tão intensa quanto breve. Fundado em 1918 e rebatizado em 1920 como Associação Athletica
do Triângulo, o Red sucumbiu ao enorme esforço financeiro para suplantar o Uberaba, e foi extinto em mea-
dos de 1923. Em tão pouco tempo, fez história.
Entretanto, principalmente em virtude do desenvolvimento geral provocado pelas ferrovias que esco-
ariam o café e formariam as cidades, a partir da década de 1930 ocorreram mudanças significativas no futebol
brasileiro: era o fim do amadorismo e o começo do profissionalismo.
Para o histórico time dos “diabos rubros” - como o Uberaba era conhecido nos primeiros anos -, que
reinava soberano na bola da cidade, os grandes desafios não estariam mais nos confrontos municipais e re-
gionais. Em sua transição para o profissionalismo, para continuar a enfrentar os grandes times das capitais e
cidades grandes do interior, o Uberaba viu nascer na cidade um novo movimento, ainda assentado no resis-
tente amadorismo, que faria florescerem outras equipes para escrever a história das grandes rivalidades de
nosso futebol.
Acervo: Joaquim Machado Borges
Inauguração do Estádio Boulanger Pucci do Uberaba Sport, em 1922
NASCE O INDEPENDENTE ATLÉTICO CLUBE
Fundado no dia 23 de março de 1938, por dissidentes do próprio Uberaba Sport Club, liderados por
Sebastião Braz; que dedicou três décadas de sua vida ao alvirrubro, sendo considerado até os dias de hoje um
dos maiores nomes de sua história, tendo como seu primeiro presidente o avô do famoso jornalista Mário
Prata, o tabelião Mário de Moraes e Castro, o Independente tanto tentou que conseguiu, mesmo amador,
enfrentar o USC. Após duas acachapantes derrotas pelo mesmo placar de 5x0, os “yankees” se reforçaram
com estrelas como Feitiço, Waldemar de Brito, o descobridor do Rei Pelé, e Zeca Lopes, ex-titular da Seleção
Brasileira na Copa do Mundo de 1938, e venceram pelo placar de 2x1. Foi uma festa!
O melhor panorama do que se tornou, ao longo da história, a rivalidade que se criou a partir daí,
pode ser extraído do comentário feito pelo inesquecível Ataliba Guaritá Neto, no Lavoura e Comércio de
21/11/1959 – pág. 3:
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