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sabereis perdoar-me e guiar-me por outras trilhas por onde passam aqueles que souberam
vos agradecer. Desejo apenas: paz, saúde, caridade, fé, esperança, trabalho para o pão
de cada dia, amor ao próximo e religião inabalável para mim e toda a minha família.
Esperando, pois, na certeza de ser atendido a vossa sempre misericordiosa resposta, sou
O vosso filho muito amigo Alberto Prata, Maracaju, 27/3/47 – M. Grosso.
Enquanto caminhava na Rua Tristão de Castro, Alberto morreu subitamente,
em 1961. O Padre Prata explica as emoções e sentimentos em relação a seu pai:
Apesar de tudo, eu amava meu pai. Era meu pai. Quando mamãe morreu, abriram
a cova de meu pai. Um monte de ossos que foram colocados num saco de aniagem.
Foram colocados ao lado do caixão de minha mãe. Fizemos um túmulo para os dois.
Estão juntos na mãe terra. Que estejam juntos também na Casa do Pai. Uma Casa
definitiva. Contando tanta coisa que deveria estar sempre esquecida, não tenho intenção
de macular a memória de meu pai.
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