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Foto: Acervo Wilson Madeira





































                       Wilson Madeira, à esquerda e Antônio Pedro Dadah (Dentão) – Ano 1967


                                          Bolo esportivo do Nacional

                   O bolo do Nacional era um talão com três vias, com vinte e cinco palpites. Cada
               folha tinha cinco palpites, além das reservas em baixo, porque naquele tempo se cho-

               vesse ou se fosse noite e faltasse energia, não tinha jogo. O acerto valia três pontos.
               Empate, placar, eu me esqueço.
                   O Nacional faturava muito. Eu recolhia uma base de 10 a 12 milhões de cru-

               zeiros por semana, nos pontos em que distribuíamos os talões, que eram vendidos na
               cidade toda. Eu fazia o recolhimento, com o tio Nevito Prata (pai do doutor Newton
               Prata), com a caminhonetezinha dele. Íamos eu e ele. Nós pegávamos cedo, recolhen-

               do aquilo em dia de domingo, porque tinha que fechar até o meio-dia.
                   Nós fechávamos o bolo, fazíamos o recolhimento, pegávamos aqueles palpites to-
               dos e colocávamos em uma urna. A primeira via ficava com quem assinou o bolo. A

               segunda ficava no talão e a terceira via ia para uma urna. Essa urna era fechada e
               lacrada e todo o mundo assinava no lacre e nós deixávamos lá na Rádio Difusora,

               hoje Sete Colinas, porque a crônica esportiva cuidava daquilo. Agora, você sabe, a
               crônica esportiva de Uberaba, 99,9% era torcedora do adversário. Hoje continua do



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