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Jogadores universitários
Logicamente, naquela época, havia facilidade para estudar e jogar futebol. Em to-
dos os clubes de Uberaba: Uberaba, Nacional e Independente, que eram clubes maio-
res, havia uma grande quantidade de jogadores universitários. Hoje isso não existe
mais, infelizmente. Esses times, no passado, sempre tinham, no mínimo, 4 a 5 jogado-
res estudantes. O Nacional Futebol Clube ajudava no pagamento das mensalidades
da faculdade.
Vinha gente de fora para estudar. A faculdade de Odontologia foi a primeira a
incluir atletas entre os seus alunos. Depois veio a faculdade de Direito e, por fim, a
de Engenharia. Esses cursos foram os que mais trouxeram atletas. Eram craques, bons
jogadores.
Na faculdade nós realizamos um campeonato de futebol de salão e campo. Houve
um torneio interfaculdades, de várias universidades e de vários Estados. Em Uberaba
ocorreu as finais: futebol de salão, basquete e futebol de campo. Ganhamos as três. Belo
Horizonte veio representada, também, e nós ganhamos. Era uma seleção de Odonto-
logia, Direito e Medicina.
Todos os times tinham bons jogadores. Tinoco era craque, mas não era universitá-
rio. Ele me deu trabalho para renovar o contrato. Dava trabalho.
Quando deixei de jogar, trabalhei como diretor de esportes com o doutor Silvio Pra-
ta, o doutor Newton Prata e Miguel Azank. Ao todo eram quatro diretores de esportes
na administração do clube. O Sultan era técnico e presidente. Logicamente eu me
entreguei totalmente ao Nacional, diante das minhas possibilidades. Sou nacionalista
roxo até hoje, porque foi o clube que me acolheu e ajudou a me formar.
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