Page 539 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Em 1891 foi vendida ao barão de Saramenha (Carlos Gabriel de Andrade). Produzia fios para panos lisos,
               trançados e xadrez, tanto em algodão, mesclas e riscados.
                     Com amplo prédio de sólida construção onde funcionava a fábrica, havia uma casa para escritório,
               armazém, residência para o gerente e sua família, um grande rancho para tropas e carros e mais 22 casas de
               alvenarias com acomodações para 150 operários. Uma infinidade de ranchos de palha completavam a pai-
               sagem da Comunidade do Cassu. Em 1910, a fábrica do Cassu foi comprada por Caetano Mascarenhas, que
               capitaneava um grupo de sua família.
                                                                           Em dezembro de 1928 as fábricas de tecido
                                                                   Superintendência do Arquivo Público de Uberaba  Fabril do Triângulo Mineiro, que passou a ser dirigida
                                                                     do Caçu e de Uberaba fundiram-se, formando a Cia.

                                                                     pelo coronel Antônio Martins Borges. Encerrou suas
                                                                     atividades em 1993, após mais de um século de exis-
                                                                     tência.
                                                                           Nessa mesma época, a vida cultural da cidade
                                                                     era intensa pela produção de revistas e almanaques.
                                                                     A Editora e Livraria Século XX, fundada em 1901 por
                                                                     Nicanor de Sousa, destacou-se como livraria, edi-
                                                                     tora e tipografia. As principais publicações até hoje
                                                                     são referências na vida cultural da cidade: Revista de
                                                                     Uberaba, órgão literário, científico e industrial, que
                                                                     circulou mensalmente até 1905, doze números; Ál-
                                                                     bum de Uberaba, com fotos dos principais edifícios e
                                                                     ruas da cidade. Almanaque Uberabense, até o ano de
                                                                     1911; Almanaque  Comercial, 1917. Contos inéditos,
                                                                     de Crispiniano Tavares, em 1901.
                                                                           A inauguração da luz elétrica em Uberaba auxi-
                                                                     liou o desenvolvimento industrial da cidade. Em 1905
                                                                     acendeu pela primeira vez a luz elétrica pela empresa
                                                                     Ferreira, Caldeira & Cia., com solenidade transcorrida
                                                                     na estação distribuidora, em prédio construído atrás
                         Jornal da Manhã. 15 de março de 1977. p.5   da igreja Matriz. A empresa foi constituída por, entre
                                                                     outros, Manuel Alves Caldeira Junior e José de Oli-
               veira Ferreira. A eletricidade era gerada na Usina dos Macacos, construída a aproximadamente 28 quilômetros
               da cidade, na cachoeira do Monjolo, no rio Uberaba.

                     Em 1916 a Café Alves foi a primeira fábrica destinada à torrefação de café, de propriedade de Francisco
               Alves de Carvalho, instalada na rua Tristão de Castro, com maquinaria que já utilizava energia elétrica.
                     Até o surgimento dos distritos industriais, as fábricas eram urbanas. Com a expansão do processo de
               produção, surgiram os Distritos Industriais I, II e III.

                     Charqueada Platina. 1926. Firma Prata Júnior, Santos & Prata. Charqueada Uberabense. 1925. Instalada
               a Charqueada Uberabense, pela firma Cacildo Arantes & Cia. Ltda, ao lado do matadouro municipal, funcio-
               nando até agosto de 1925.



               FÁBRICA DE TECIDOS, COMPANHIA INDÚSTRIA E COMERCIO

                     Inaugurada em 15 de novembro de 1924, por seu fundador, o imigrante italiano João Boff, na avenida
               Alberto Martins Fontoura Borges.




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