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Quanto à estrutura, o Hospital possui 302 leitos ativos, sendo 20 de UTI infantil, 10 de UTI adulto e 10
de UTI coronariano, além de 14 salas de cirurgia. O Pronto Socorro conta com 32 leitos. O HC-UFTM possui
cinco anexos: Ambulatório Maria da Glória, Ambulatório de Especialidades, Ambulatório de Pediatria, Centro
de Reabilitação e Central de Quimioterapia, totalizando 180 consultórios.
BIOGRAFIA: FREI EUGÊNIO MARIA DE GÊNOVA
O capuchinho Frei Eugênio Maria de Gênova nasceu na cidade de Oneglia, província de Gênova – Itália,
em 04 de novembro de 1812, sendo batizado com o nome de João Batista Maberino. Recebeu as ordens
sacras em 1836. Em 1842 foi nomeado pregador apostólico para o mundo inteiro. Por determinação do papa
Gregório XVI, chegou ao Rio de Janeiro em 19 de junho de 1843, como missionário capuchinho – religioso
pertencente a uma das ordens franciscanas. Passados dois anos foi para o Mato Grosso.
Posteriormente transferiu-se para Minas Gerais. Estava em Pitangui quando foi convidado a pregar em
Uberaba. De acordo com Guido Bilharinho, o capuchinho chegou a Uberaba no dia 12 de agosto de 1856.
Constam nos Livros de Atas da Câmara Muni-
Superintendência do Arquivo Público de Uberaba cipal de Uberaba (1857 a 1900), registros oficiais das
relações de Frei Eugênio com o Poder Legislativo de
Uberaba.
Em oito de março de 1859, o vereador capitão
João Baptista Machado leu requerimento referente à
criação de um estabelecimento de caridade, e que a
Câmara fizesse abertura de editais baseados na Lei
nº 148 de 06 de abril de 1839, propondo a Câmara
nomear Reverendo Frei Eugênio Maria de Gênova.
Na sessão extraordinária de 29 de agosto de
1859, uma portaria do Governo da Província, com
cópia anexa do Ministério da Justiça, de 25 de abril de
1859, solicitou a permanência do Missionário Apos-
tólico Frei Eugenio Maria de Gênova em Uberaba.
O vereador capitão Joaquim José de Olivei-
ra Penna, na sessão extraordinária de 22 de abril de
1862, declarou à Câmara que tinha certeza de que o
Frei Eugênio Maria de Gênova
Governo Geral queria transferir daqui para a capital
de Goiás, o Reverendo Frei Eugênio Maria de Gênova. O vereador, com uma comissão, enviou correspon-
dência para a Sua Majestade o Imperador, explicando que a transferência do Frei seria de grande prejuízo para
a cidade, devido às obras do hospital de Caridade e Igreja anexa, sendo aprovada a sua permanência.
Na sessão ordinária de 06 de outubro de 1862, foi lido um ofício da Excelentíssima Presidência, de 26
de agosto de 1862, informando que tendo o Governo Imperial, mandado manter o Apostólico Frei Eugênio
Maria de Gênova, que empreendeu a construção da Casa de Caridade, informou na mesma data ao Governo
do Bispado de Goiás.
Em continuação da sessão permanente de 17 de novembro de 1862, um ofício de 14 de novembro de
1862, comunicou que o Reverendíssimo Frei Eugênio Maria de Gênova, franqueou um cômodo na casa de
caridade desta cidade, para ali recolherem e serem tratados os afetados de bexigas.
O vereador capitão Joaquim José de Oliveira Penna propôs na sessão ordinária de 28 de janeiro de
1863, que, com o desaparecimento da epidemia de bexigas na cidade e não tendo causado estrago, se can-
tasse na Matriz um “Fedecum” em ação de graça ao ente supremo pelo feliz desfecho de tão grave epidemia,
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