Page 172 - Revista Memorias_Nacional F C
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afastando, e nós, com a torcida e a diretoria, colocamos a situação do Nacional F.C.
em ordem. Pagamos quase todas as dívidas: parcelamos uma com a Receita Federal,
que estamos pagando até hoje.
Empenho na recuperação do clube
Na época em que assumi a presidência do Nacional, a parte física: campo, estádio,
funcionários, estava abandonada. Há cinco anos o Nacional não disputava a terceira
divisão, o Campeonato Mineiro. No primeiro ano não disputamos, para colocar a casa
em ordem. Havia muitas ações trabalhistas. Nós conseguimos reverter a situação em
todas. Daí para frente o Nacional começou a “andar com as próprias pernas”.
O futebol mudou muito de uns tempos para cá. O jogador não tem mais aquele
amor à camisa. Hoje tudo é por dinheiro. O Nacional é um time de pouca torcida,
mas uma torcida que gosta e é vibrante. O clube tem condições para tudo. Tem muitas
pessoas que amam o Nacional. Eu acho que tem tudo para ir para frente. Eu penso o
seguinte: O Estádio JK é um estádio muito bom, bem centralizado; os próximos presi-
dentes não devem vendê-lo. Eu sou contra se desfazer do patrimônio. É preferível pre-
servar o patrimônio a disputar um campeonato e deixar o clube endividado e amanhã
ou depois ir a leilão. Eu espero que o Nacional Futebol Clube não pare e tenho certeza
de que se arrumar um grupo bom o time vai para frente, se Deus quiser! Eu não penso
em ser presidente, apenas contribuir, estar sempre ajudando.
Eu nunca deixei o pessoal na mão, só que nós queremos o bem do clube, mas al-
gumas pessoas querem o mal e eu não concordo com certas ideias. Isso é complicado, o
futebol é difícil, e no interior é pior ainda. Se os grandes estão em dificuldade, o que
dirá dos pequenos? Eu agradeço a oportunidade. Eu tenho a certeza de que o Nacional
não vai parar.
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