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competição com o Nacional, as rendas ficam aquém até do valor para cobrir os custos.
Às vezes o clube precisa desembolsar valores para complementar o custo das parti-
das. Por isso, em muitos jogos o Nacional teve que complementar do seu próprio caixa,
do seu setor financeiro, pagamentos para a Federação, para a arbitragem, para poder
cumprir com a obrigação e logicamente com as despesas do campeonato.
Quando se está dentro da administração vivencia-se toda essa situação. Eu traba-
lhava no Nacional, estava meio à parte e não ficava tão enraizado nisso. Quando me
tornei diretor e o Naça passou a fazer parte da minha vida como presidente, passei a
ver essa dificuldade.
Participei de uma reunião com o presidente da Federação Mineira de Futebol. Na
ocasião, perguntei a ele se não havia algum tipo de financiamento para os times do
interior, ou se a Federação ajudaria os clubes de alguma maneira, disponibilizando
verbas ou algum tipo de receita para viabilizar os times do interior. Ele me respondeu
que a Federação não tinha receita para isso. Contudo, existe uma situação assustadora:
se o clube acerta a vinda de um atleta de outra equipe, deve pagar pela sua transferên-
cia. Se o jogador for federalizado lá na CBF, tem um preço. Se for somente cadastrado
nas federações estaduais, outro preço e, para quem será profissionalizado, outro.
Para o clube efetuar a transferência de um atleta recebe 900 reais. Quando ele é
federado, o valor é de 1,8 mil, o dobro, porque a CBF pega uma parte. Com isso, o
Nacional gastou cotas de 20 mil reais nas transferências de atletas; é um valor muito
pesado para quem vai disputar quatro meses de campeonato. O campeonato de futebol
é caro. Sabemos disso na pele.
A Federação Paulista, a Federação do Rio de Janeiro têm linhas de financiamento
para clubes menores, se esses clubes estiverem em dia com a Federação. Se tiverem pa-
trimônio, não precisa ser grande, essas federações abrem linha de crédito para finan-
ciamento para os clubes.
Não queremos nada de graça. Aqui dizem: “Futebol é caro!” “Jogam na cara e a
gente que se vire”. São circunstâncias em que a gente deve se virar.
Futebol feminino
Todos os anos a LUF promove o campeonato de futebol feminino e o Nacional par-
ticipou de todas as edições nessa modalidade. Normalmente temos uma boa equipe e
procuramos melhorar a cada ano. No primeiro campeonato futebol feminino de Ube-
raba, em 2013, o Nacional foi campeão. Nos últimos tem melhorado. Está nivelando
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