Page 30 - Imprensa em Uberaba_Hildebrando
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o “dr. des Genettes escolhera para o seu jornal o nome de “O Para-
                  nahyba”, por causa do rio que divide este do Estado de Goyaz, queren-

                  do tornal-o o sympathico d’aquelle povo visinho; o pae do auctor destas
                  linhas suggeriu-lhe a idéa de mudar o nome do periodico para “O Echo
                  do Sertão”, vista como era o primeiro écho do progresso que percutia

                  nestes Sertões, sendo por elle acceito este alvitre. “A typografhia, escre-
                  ve ainda o mesmo sr. Cherubito Santos, ”...Não foi possivel continuar
                  este trecho por estar rasgado o jornal.

                             Pouco depois como impressor um moço cujo nome a nossa

                  memoria infiel não recorda, talvez pelo facto de ser elle conhecido e
                  chamado por todos- o campista; só nos lembramos de ser elle um moço
                  de ar tristonho, mas affavel e de trato ameno e attractivo. Era um exce-
                  llente companheiro. A Typografhia custára ao dr. des Genettes quatro

                  contos de réis.

                             O prélo era manual, com alavanca e peros, e os pés ou supor-
                  tes, em cruz. Esse singelo prelinho serviu à impressão de diversos outros
                  jornaes de Uberaba, dentre elles O Echo do Sertão, O Beija Flor, O Bôbo,

                  A Gazeta de Uberaba (1ª), O Uberabense (10) e o Relampago.

                             Quando o dr. des Genettes adquiriu o segundo prélo, de pro-
                  porções maiores e mais aperfeiçoado, passou o antigo a servir na typo-
                  graphia Americana, de obras, a cargo de J.A. de Paiva Teixeira (Cazu-

                  za), sendo ahi impresso o O Progresso. Em 1881, foi o antigo prélinho
                  vendido por 800$000 ao sr Major Cherubino Santos, da Bagagem, ac-
                  tual Estrella do Sul. Nelle imprimiram-se os seguintes periodicos: Es-

                  trella do Sul,em 1881,A Esperança, em 1883; A Bagagem, em 1884; O
                  Palladio e o Garimpeiro, em 1886; O Evangelista, em 1889; O Canario,
                  O Filho da Luz e o Familiar, em 1891; e o Jaty, em 1893. Em 1894, foi

                  vendido ao Sr. Major Tertuliano Goulart que o transportou para a ci-
                  dade de Araguary, onde em 21 de Abril do mesmo anno, tirou o jornal












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