Page 69 - Uberaba-200 anos no coracao do Brasil
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Com saias sungadas no joelho,
Alvejando roupa no Córrego da Cadeia
No centro da cidade.
O Beco da Liberdade,
Tão acanhado entre os muros
Quão largo nos seus escuros.
O cedro do Sampaio
Sempre florido em maio.
Os Cruzeiros de São Benedito,
Das Mercês, do Cachimbo,
Com os braços abertos,
E ao redor, desertos,
E o céu um nimbo.
A Abadia lá longe...
Como morada de monge...
À tarde em frente as casas,
Os velhos contando histórias,
Os moços batendo peteca,
Os meninos levados da breca,
Ferrados no pique será.
O João lampião acendendo as luzes,
Ali perto o Cemitério Velho cheio de cruzes.
Os sinos tinham outro tom,
Falavam mais ao coração
Na hora da Ave-Maria...
.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
Finalmente tudo passou, tudo mudou,
Hoje em dia foi-se toda poesia,
Ficou somente a nostalgia.
Veio a vertigem, veio o progresso,
Tudo em excesso.
Ninguém mais se entende!...
Como está tudo tão longe...
Ah!... Minha Uberaba de uma vez...
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