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Com a idade nós nos esquecemos magoei Teu coração de Pai, se não
dos acontecimentos recentes. Os
neurônios se cansam e enfraquecem.
Lembramo-nos apenas daquilo que
é mais necessário. No momento em
que escrevo dia 09 de setembro, 11
horas, o céu está nublado, choveu
há pouco e faz frio. O que sei é que
estou subindo os últimos degraus de
uma longa estrada. Depois do último
degrau (…) nada sei. Minha grande
esperança é pensar que passarei para
outra dimensão, a dimensão da luz,
das certezas, da paz, nos braços do Pai.
Invade-me uma comoção estranha.
Minha vida não foi um exemplo de
vida verdadeiramente cristã, muito
menos sacerdotal. Cometi muitos
erros. Prejudiquei pessoas, não
fui compassivo com meus irmãos.
Perdoa-me, Pai, se na caminhada
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fui o que esperavas de mim. Um dia
aconteceu meu primeiro pecado e
provavelmente ainda haverá o último.
Dos passados te pedi perdão, cuida
de mim, Senhor. Estou nas mãos de
Deus.
Em 2015, ainda guarda um gran-
de número de amigos e os seus antigos
paroquianos o reconhecem como líder
e sacerdote, considerando sua grande
capacidade de síntese e discernimento
em relação à compreensão dos pro-
blemas que lhe são confidenciados.
Entretanto, sob o peso da idade, fez
tênues reflexões referentes ao seu mo-
mento atual, revendo erros e acertos,
demonstrando ter cumprido o seu mi-
nistério.