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Na foto acima, o Nacional venceu o Sport no “JK” e ficou esperando o resulta-
                   do da partida do XV de Uberlândia sobre o Fluminense de Araguari, no Estádio
                   Juca Ribeiro, em Uberlândia. Com a vitória do time uberlandense, o Nacional

                   ficou de posse do título mineiro da Segunda Divisão e participou da Divisão Es-
                   pecial do Campeonato Mineiro na temporada de 1983.

                       A equipe tinha como destaques o zagueiro Edson Shell, o atacante Cristiano
                   e, principalmente, aquele que se tornaria um dos maiores médios volantes do
                   futebol brasileiro em sua época, Paulo Rodrigues, campeão brasileiro pelo Bahia

                   Sport Club, em 1988.
                       Uma das grandes façanhas dessa equipe foi a vitória sobre uma das maiores
                   forças do futebol brasileiro no período, o Atlético Mineiro, por 1 x 0, em pleno

                   Mineirão.
                       O jornal Lavoura e Comércio destacou no título de sua edição de esportes do
                   dia 17 de outubro de 1984:








                       O Atlético jogou com as suas principais estrelas: João Leite, Nelinho, Oliveira,
                   Luizinho e Valença, Heleno, Vitor e Éverton, Tita, Elzo, Reinaldo e Éder Aleixo.

                   De acordo com o diretor financeiro do time naquela época, Wilson Madeira, des-
                   tacaram-se na partida jovens valores revelados nas categorias de base do Nacional,

                   dentre eles o lateral Edson e o goleiro Euler. Edson, com apenas 17 anos de idade,
                   parou o famoso Eder, do Galo, levando-o à expulsão:



                                    Nós ganhamos do Atlético no JK e o Nelinho estava jogando de lateral direito
                              e o Eder Aleixo de ponta esquerda. O nosso lateral tinha dezessete anos. Era o

                              Edson (apelido Coró), que está vivo e joga no futebol amador de Uberaba. Dentro
                              de campo o Eder começou a xingar o garoto, a humilhá-lo e espezinhá-lo. Nós
                              ganhamos o jogo, o Eder não conseguiu nem andar. O Coró não o deixou andar.

                              No jogo o Eder ficou o tempo todo falando para o menino os maiores impropérios.
                              Foi até expulso de tanto que bateu no menino. Foi expulso e o Nelinho também.

                              Nós ganhamos esse jogo, que também tinha o Bueno, o zagueiro central Grapete,
                                              70
                              tinha um timaço .

                   70   Entrevista do ex-diretor do Nacional Wilson Madeira concedida ao Arquivo Público de Uberaba.

                                                                                                       81
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